domingo, 30 de dezembro de 2012

ILUMINADA


Transpiro intuição.
Pensamentos emergem de fontes claras
da alma,
revelando segredos,
alimentando sonhos...
O que vier
já está escrito.
O livro da vida se abrirá
na página certa,
no momento exato.
Caberá a mim,
decifrar cada uma delas
 com sabedoria,
equilibrando razão e emoção...
Construirei estórias
que irão se desenrolar
nos emaranhados de um tempo,
no qual determino 
 luz,
 tons
e intensidade das emoções...
Os finais serão os mais açucarados,
se baseados na doçura
das minhas ações.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

SOSSEGO


Nada de atropelar os fatos...
O momento é de calma,
de relaxar a mente,
fazer a parada necessária
e só então recomeçar.
2013 será tempo de colheita farta,
pois as sementes jogadas no solo
 germinaram.
Então, 
nada de atropelar os fatos.
À quem tem pressa,
cedo passagem...
Estou no compasso 
do meu coração.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

PRESENTE!


2012 é passado.
Nem conto os dias que faltam para bilhar a luz do ano novo...
Vivo-os, apenas.
Nada quero pedir;
me faço presente para o ano vindouro,
com toda luz e matizes que transcendem da minh'alma.
Prazer, 2013!
Seja bem-vindo,
da forma que se apresentar.
Eu espero o melhor!
Eu quero o melhor!
E para receber o melhor,
vou dar o melhor de mim.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

OPOSTOS


Tua alma sucumbe,
 ante a leveza,
que minha alma,
feliz,
alcança...
Tuas cargas te arrastam
 dos meus sonhos
e das delícias
 dessa dança.

CONQUISTA


Paz... Eu a tenho.
Porém, minha paz não posso dar-te!
A paz é mérito de quem a conquista,
quando tem coragem de ficar à sós
consigo mesmo.

ATENÇÃO!


Caminhe atento...
Muitas vezes as belezas da vida
postam-se às margens
da estrada.

domingo, 28 de outubro de 2012

EM VÃO


Para não sentir saudades, 
fujo.
Para escapar do desejo, 
 escondo-me.
Tê-lo no coração,
basta-me.
Ainda assim,
estou a salvo apenas de ti:
Por vezes,
chama incessante arrebata-me...
E cinzas faz de mim.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

DISTRAÇÃO


Enquanto busco no horizonte
alguém que não vem,
tu passas.
Sinto-te como brisa suave,
porém,
quero um vento que me arrebate...
Mesmo distraída,
percebo
  o ritmo dos teus passos...
Sinto
o movimento dos dias que correm...
Ouço
o burburinho da vida que passa além ...
Além dos meus olhos secos,
fitos no horizonte infinito.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

SUJEIRA DA POLÍTICA: NÓS PAGAMOS O PREÇO!


''A Empresa responsável pela limpeza das e ruas e coletas de lixo em Goiânia levará dois dias para recolher as 50 toneladas de lixo produzidas pelos candidatos ao pleito eleitoral deste domingo, 07 de outubro."  ( Fato noticiado em redes de tvs e jornais da capital goianiense,  um dia após as eleições 2012).

Não cabe nesta cabecinha loira oxigenada,  que pela cachola de algum desses candidatos,  ainda perdure a ideia que algum eleitor indeciso irá fazer sua opção de voto através de um "santinho" (não seria melhor diabinho?) colhido entre os milhares despejados nas mediações das sessões eleitorais.

Eu resido numa rua próxima a duas escolas onde são instalados locais de votação e sempre pago o preço, com meu próprio suor, na limpeza do meu quintal e calçada, salpicados de  panfletos das ''divinas figuras'', como mostra a foto que ilustra este texto. Ao remover a sujeira que centenas de candidatos promoveram este ano,  tristemente comprovei a falta de respeito daqueles que se dizem nossos representantes no poder público. Creiam, entre as carinhas sorridentes dos "anjinhos", identifiquei, entre tantos, um vereador reeleito representante do meu bairro e o prefeito, também reeleito, que condena tal atitude e paga com o dinheiro do contribuinte a empresa que recolhe as toneladas de lixo produzidas pela irresponsabilidade dele e dos demais.

Sou parte de uma geração que teve paixão pela política. Participei do movimento pelas diretas nos anos 80, fui às praças públicas exigir o  Impeachment de Fernando Collor. Desde menina, amava as passeatas e carreatas, quando as disputas pelas prefeituras ocorriam apenas entre dois candidatos. A Política atual matou minhas ilusões. Não vejo qualquer verdade ou beleza no ato de votar. Hoje meu pensamento concorda plenamente com José Saramago, quando disse: "Os políticos são a mentira, legitimada pela vontade do povo! Bravo!

domingo, 5 de agosto de 2012

CAUTELOSA


Sentada espero. Não por cansaço; prudência é a palavra.
Ao me entreter com o pior, seu oposto pode ter desfilado sob meus olhos e
escapou à percepção em momentos de descuido.
Sangrei com murros em ponta de faca. Fui à comoção com lágrimas de crocodilo.
Tenho um emocional aborrecido por eu ter sido escada para quem precisava sentir-se
maior, mais homem.
Não há desesperança, desilusão, tampouco mágoa; tomada de consciência é o termo.
Doravante, meu coração terá discernimento para perceber aquele que me quer bem
ou aquele que somente me quer.
Este último não merecerá  meu olhar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

ÊXTASE


Tua calma,
tua chama,
tua cama...
Beiram a perfeição.
Viro tiete,
maluquete,
periguete
e todas as demais "etes",
na qualificação.
Perco o pudor;
lanço-me ao furor
tomada de amor...
Em êxtase percebo que,
ao fazer direito, 
 acabas por virar-me
do avesso.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

DIVINA AFLIÇÃO


Foram segundos, minutos, horas?
Quero recordar,
reviver o encanto,
retomar a cena interrompida
pela ausência de coragem.
Inútil!
Na sensação do beijo teu
levitei,
perdi os sentidos,
ao infinito viajei.
Estive fora de mim,
por vago tempo...
Aflitiva amnésia restou-me.
Igualmente,
a sensação que foi divino.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

AROMA DE SAUDADE


Em noites silenciosas
teu cheiro me guia...
Leva-me por caminhos
   onde outrora passei   
nos quais perdi o rumo,
 a paz,
 o sono...
Conheço as armadilhas,
 temo a escuridão,
contudo,
teu cheiro é persuasivo,
contumaz,
lascivo.
Deixo-me levar...
É preciso ser feliz
antes que o amanhecer
faça exaurir teu perfume.

domingo, 24 de junho de 2012

ETÍLICA


Numa tarde de mimos e poesia,
entre goles de cerveja,
vi transbordar a paixão...
Beijou-me a boca,
e em contraste com o amargo
na língua,
pronunciou palavras doces...
Fez-se desejo;
me fez desejada.
Com o hálito entorpecido,
quebrou o gelo;
ateou fogo
 num corpo molhado.
Promessas implícitas, explícitas...
E só.
Na morosidade dos dias,
a paixão vai se dissipando,
qual espuma da cerveja
deixada no copo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

PROMESSAS


Aceito um amor de quinta.
Desde que se estenda pela sexta, sábado, domingo...

Aceito um amor de rede.
Desde que se adapte à cama, à cadeira, à banheira...

Aceito um amor de fases.
Desde que se mostre novo, crescente, inteiro...

Ao amor de quinta,
prometo dias perfeitos.
Ao amor de rede,
conexão, aconchego.
Ao amor de fases,
fulgor, contentamento.

sábado, 9 de junho de 2012

BAILADO



A cada passo da alma
a claridade alcança.
Em todo acorde sentido
o corpo inteiro balança.
Na cadência dos sonhos,
a tristeza dança.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

ENFIM


Conjuguei tantos verbos,
construí tantas frases...
No emaranhando dos sonhos,
palavras simples
se vestiram de poesia.
Cruzei pontes,
atravessei campos
— maravilhada com as flores
ou sangrando pelos espinhos —.
Por caminhos bifurcados
me perdi,
chorei,
enlouqueci...
 Recobrada a razão,
percebi:
A paixão depurara-se;
o essencial então senti...
E era por mim.

sábado, 19 de maio de 2012

EFÊMERO



Duraste apenas um segundo,
se comparado a imensidão da eternidade.
E por tanta fugacidade,
sempre retornas
em lembranças,
sonhos,
 desejos...
És o fantasma de um sentimento 
que ainda respira.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

ESMIUÇADA


Sou mulher de aparências
e consistências...
Trago na pele a dureza do tempo
e na alma,
o doce aroma de flores.
Em mim residem
 infinitos amores.
Sobejam lacunas,
carências,
transparências...
O riso é meu lenitivo;
meu perfeito disfarce.
Incitam-me ardentes desejos,
anseios...
De começo e fim
sou afeita.
Afligem-me os meios.

domingo, 22 de abril de 2012

APARIÇÃO


Quando surges,
qual miragem,
atiro-me em teus braços
e, nesse gostoso enlace,
perco a noção de mim mesma.
Em êxtase, elevo-me do chão,
e numa órbita que só conheço
quando há nós dois,
experimento antigas sensações, 
com delicioso sabor de novidade...
Como dizer não?
Quem vai definir limites, 
imputar culpa, qualificar como pecado?
Assim, 
Inquirindo a própria consciência,
sentindo o coração fora do peito,
vejo a realidade ofuscando-te.
Desapareces, então, 
qual miragem...
Meus olhos secam,
fitando o horizonte imaginário...
Na língua,
ainda tenho o gosto
da saliva tua.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

DESENGANO


Dividi sonhos,
planos...

Cedi a cama,
acendi a chama...

Dos planos,
colhi enganos.
A chama?
Queima-me,
ainda, 
em noites de insônia.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

FINÍSSIMAS!


Nos dias 30 e 31 de março, aconteceu no galpão de uma confecção goianiense a liquidação de roupas femininas, aquelas denominadas para "troca de coleção". A marca possui lojas nos principais shoppings da cidade. É uma etiqueta que alcançou prestígio entre as consumidoras e, portanto, cobra caro de quem deseja ostentá-la.

Convidada por minha sobrinha, que é "antenada" nesse negócio de marca, aventurei-me na dita liquidação logo no primeiro dia. Como foi anunciado o abrir de portas às 9:00h, nos atrasamos um pouco na localização do galpão, lá chegando por volta das 9:30h. Situado na periferia da cidade, numa área onde existem alguns motéis, especificamente em frente a um deles, estranhei o estacionamento externo do motel e ruas adjacentes lotados naquele horário. Ingenuamente questionei minha sobrinha:
 — Cruzes! Há tantos casais dispostos a frequentar um motel logo pela manhã, num dia útil?
Minha sobrinha retrucou, em tom jocoso:
— Tia, são as compradores que já chegaram! 
Pelas marcas e estado de conservação dos veículos, percebia-se que a clientela pertencia às classes sociais que ficam numa parte privilegiada da pirâmide social. Gente fina!

Mas,  exemplo de fineza tivemos ao entrar no galpão lotado, onde não existiam provadores. Mulheres seminuas haviam por todos os cantos e lados. Sem nenhum pudor, despiam suas roupas e provavam tudo que conseguiam pegar nas prateleiras e araras espalhadas pelo local. Algumas usavam caixas plásticas, daquelas utilizadas nos atacadistas de hortifruti. Outras lamentavam não possuir braços extras. Eu e minha sobrinha, feito baratas tontas (estreávamos na modalidade "liquidação de marca"), nos limitávamos a trocar olhares de espanto e rir, constatando também que a malvada celulite instala-se, sem piedade, até nas mais jovens. Num calor que beirava uns 35º,  avançávamos bravamente naquele território de guerra, com roupas espalhadas pelo chão, amontoadas pelos cantos, pisoteadas pelas ávidas compradoras. Um caos!

A certa altura, ouvi a reclamação de uma consumidora, vestida com duas peças da loja, que sua roupa havia desaparecido. Aquela, gostando ou não, obrigatoriamente teria que optar pela compra ou ir embora descomposta.

É bom esclarecer que o furor das consumidores, de certa forma, justificava-se. Algumas peças custavam apenas 10% do valor praticado nas lojas dos shoppings. Minha sobrinha, sabendo o que procurava,  em meio àquela desordem garimpou quatro peças e saiu contentíssima. Eu, como só acompanhava, adquiri apenas  uma legging. Simplíssima. 

Hoje, ao relatar o fato, por coincidência estou usando a peça adquirida com grande esforço. Só não tive ainda qualquer sensação diferente de quando visto uma similar. E etiqueta é tão pequena que passa despercebida! Por outro lado, sinto que  meu ego  possui sua marca pessoal e dispensa certos fatores que possam agregar importância a esta criatura. Porém,  não estou completamente insensível a esses arroubos aos quais a classe feminina está sujeita: Agendei o mês da próxima liquidação de coleção... Vamos à luta companheiras!

domingo, 8 de abril de 2012

EU E ELA



Foi coisa da lua cheia...
A claridade veio, 
o vazio revelou-se.
Acercou-se de mim
a tal da saudade...
Enquanto o satélite
— no apogeu da sua luz
caminhava solitário,
eu e ela
seguíamos atreladas.
Tal qual a lua,
atenua, míngua, cresce...
Por vezes,
parece maior que eu.

sexta-feira, 23 de março de 2012

VIVER


Ante a florescência da vida,
recuar é verbo que se exclui do vocabulário.
A insistência do desabrochar em
cores e aromas,
leva-me a confirmar que,
mesmo nas inclemências do tempo,
sou predestinada ao renascimento,
ao crescimento...
O extraordinário acontece,
quando meu coração
suporta rigorosos invernos
e persevera,
certo de entrar no compasso
e bater feliz
em muitas primaveras.

domingo, 11 de março de 2012

AUDÁCIA PURA!


Caminho,
com a ousadia da mulher que,
em solo impróprio,
 num salto quinze
 equilibra-se.
A cada passo,
encerro estórias,
começo outras tantas!
Sem pressa,
com manhas
e artimanhas.
Muitos ultrapassam-me.
Outros ficam à margem.
Uns nem tentam acompanhar-me...
Eu apenas sigo.
Dos caminhos pedregosos
sou mestra em travessuras...
E travessias.

DESPERTAR


Adormeci sobre folhas secas
e despertei
entre perfumadas flores...
A primavera se fez,
mesmo quando,
de olhos fechados,
meu coração se abriu.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

CONTEÚDO TRANCADO


Tranquei-me,
ou melhor,
meu coração tolheu-se...
Não para a vida,
mas, às palavras.
Foi compulsório.
Quando percebi,
frases não se agrupavam,
pensamentos se desligavam...
Vogais e consoantes tentaram seduzir-lhe,
na intenção de fazer exalar
a essência de um poema novo.
Sem êxito!
Apagaram-se as imagens,
refrearam-se os instintos,
a intimidade se perdera...
Meus dedos deslizavam,
sem tesão,
sobre o teclado,
sem paixão...
Usar de ficção?
Não!
De mim,  só se verbaliza,
o que sai do coração.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

SEM NEXO


                                                            Se toda vez que penso em ti
com saudade,
consumisse parte do amor que sinto,
ele já teria se escoado
nas lacunas do tempo!
Saudade, saudade...
Fica mais um pouco!
Permita que ele
de mim,
 se aposse,
através da lembrança
do seu gosto...
Consinta que ele invada
oníricos espaços
e traga sentido
a este poema
sem nexo.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

PRECEITO SONORO


Toda vez que o mundo parece
perder a cor,
vem um pássaro,
pousa na minha janela
e canta...
É a vida
ensinando-me
novos acordes,
com harmonia, 
 pra que eu perceba 
a diversidade dos seus tons.

domingo, 29 de janeiro de 2012

FRAGMENTADA


Na busca pela felicidade, divido-me entre razão e emoção. No jardim da vida, cultivo defeitos e virtudes onde, nem sempre é indolor,  eliminar ervas daninhas. A formosura e o aroma das flores atraem lindas borboletas, mas também seduzem perversos insetos que se disfarçam de doces joaninhas e me confundem nas suas reais intenções. Santa ou profana, qual mulher não se descabela na escolha do certo ou errado?

Quando decido já ser crescida e me equilibro no salto, vem um desnível e me força acreditar que, mesmo deselegante,  é mais seguro um calçado rasteiro,  macio e confortável. Ainda não me decidi em qual lado da rua é mais apropriado andar, ou se todos os lados e adjacências dão passagem. Não tenho dúvidas que aprender a caminhar com as próprias pernas é o aprendizado mais urgente. Poderei, a partir daí, transitar de um extremo ao outro, sem receio dos tropeços?

Sinto-me livre até o momento em que a paixão sopra suas labaredas em minha direção. O fogo corrói minhas resistências e nesse estado de fragilidade, delitos amorosos são armadilhas certas. Sei, por experiência própria, como ardem  as lesões causadas por sentimentos menos nobres, mesmo assim, permito que algemas atem meu coração e eles,  mantendo-o cativo. Como conquistar, sabiamente,  as chaves que abrirão para sempre  as portas dessa clausura?

Muitos me dão  receitas de felicidade, porém, tão efêmeras quanto à própria. Nenhuma delas é capaz de garantir a solidez dos seus ingredientes já que tudo é mutável, especialmente quando tratamos afetividade. É impossível definir um código de conduta perfeito, quando, ao relacionar-me com outro ser humano,  tão imperfeito quanto eu, fragmento minhas certezas.  Quem pode ditar regras, se cada indivíduo habita seu universo particular?

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

COLO DE PAI


Deus é por mim,
então me dará colo...
Sou tão pequena,
que apenas suas vestes consigo tocar.
Sinto Sua presença,
e como criança,
 abro os braços,
sabendo que meu Pai
 está sempre por perto.
Não é preciso que eu chore,
porém, se uma lágrima teimosa
rolar pela minha face,
não sentirei vergonha;
Ele, mais que ninguém,
conhece minhas fragilidades.
E neste momento,
sendo Ele  por mim,
sabe, com certeza,
que a mais premente
das minhas necessidades,
é do aconchego Divino. 

INDOLÊNCIA


Vejo os dias passando,
Nada acontecendo,
e a saudade prevalecendo...

Se é dia,
o vejo.
Se é noite,
desejo.

Surreal,
platônico,
irônico.

Vejo os dias passando,
Tudo acontecendo
e a vida prosseguindo.

sábado, 14 de janeiro de 2012

DESCONEXÃO


Pensei hoje seduzir-te
num encontro virtual.
Namorei tua foto,
exibindo-se a sorrir,
 vivo, nítido, impetuoso...
Ansiosamente,
busquei o sinal verde,
o piscar de luz,
o aviso sonoro...
Nada!
Ingrata tecnologia!
Se economizas tempo,
se presença física dispensas,
devias poupar-me da taquicardia,
das mãos frias...
E tu, coração em saltos,
 acalma-te deste frenesi!
Não vês que,
na tua excitação
e ingenuidade santa,
esqueceste o essencial?
 Sem usar da telepatia, 
na ligação pessoal,
não há conexão de almas,
e assim,
nenhum encontro se faz!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PALAVRA DE ANJO


Na brecha de uma rocha,
 surpreende-me linda flor...
Aquele que me guarda e segue,
pronuncia, em tom de segredo:   
– Há um caminho da vida
também capaz de causar perplexidade...
Semelhante à flor? Indago eu.
Sim, querida! Responde-me radiante.
 Quando o perceber,
seu mundo se encherá de
vida,
perfume,
cor....
E você,
plenamente encantada,
o chamará...amor.