segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CARNAVAL 2010 NA CIDADE DE GOIÁS - RESENHA POÉTICA

  Começou na sexta-feira, 12 de fevereiro
Um grupo de oito pessoas chegou primeiro
Tia Mariinha, com aquele sorriso no rosto
Wanderson, operado, porém,  disposto
Emília, com uma doçura de encantar
Felipe, infantilmente alegre a pular
Wesley, discreto, educado e disponível
Antônio, exibia tranquilidade  incrível
Isabel, a anfritriã, de peruca rosa
No comando, Sônia, a "toda-poderosa".
No mesmo dia chegamos à noitinha
Eu, Luiz Augusto e Letícia, minha linda sobrinha
Acompanhávamos o "Casal Cara de Pau"
Cuja missão era fazer-nos rir até passar mal
Ambos, Claúdio e Luzia, rubronegros frenéticos
Volta e meia inventavam cantar o Hino do Atlético!
Juntou-se ao grupo na tarde de sábado
O "Casal Cara de pau II", Edna e Reginaldo
Também um outro Wesley, denominado "Snipe", o Bombeiro
Reforçando o time dos solteiros
E no domingo, fechando a "trupe da nata"
Recebemos com alegria a Renata
Para matar a saudade de dois ingratos
Marcinho e Marquinhos vieram num portarretrato
Olhar suas figuras causava-nos certa dor
Ou quem sabe inveja: Estavam em Salvador!
Inveja? Que nada! Goiás estava demais
Principalmente do Clube da Assefaz
Nos cafés da Manhã muito coloridos
Com a presença de amigos queridos
Sem falar na delícia dos almoços
Preparados pela Sônia, com muito gosto
E a cerveja gelada, que covardia
Só fazia aumentar o clima de alegria!
Agora, o inimaginável aconteceu por lá
Contando é até difícil acreditar
Há o Bloco "Concentra Mas não Sai"
Por mais que seja empurrado, ele não vai!
No dia em que resolveu enfrentar a parada
Chegou atrasado na avenida, que mancada!
É tradição, não tem jeito, dizem as bocas
É mais uma curtição dessa turma louca.
Na Praça do Coreto teve as marchinhas geniais
Que nos lembraram os velhos carnavais
O Cláudio e o Reginaldo viraram capetinhas
Explodiam de alegria feito bombinhas
Pulamos ao som da Banda que tocou noite afora
Até que a chuva caiu e nos mandou embora.
Os fatos ocorridos nesse carnaval
Dariam, com certeza, para encher um jornal
Porém, faltam adjetivos pra dizer como foi incrível
Digo apenas que "Goiás 2010"  será inesquecível!
Se alguém ainda duvidar e perguntar: Marleuza, gostou?
Responderei enfática: Me chame para o próximo ano! Eu vou!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

COMENTÁRIOS A RESPEITO DE VAL


 "Quando ela saiu da escolinha onde cursou o primário, recusou-se a estudar no Colégio Militar, porque não suportava o modelo do uniforme lá utilizado. Por muito tempo, condenei-me por não tê-la obrigado."

"No ensino fundamental e médio, ambos cursados em escola pública, nas ocasiões em que eu era solicitada para pegar os boletins, os professores eram categóricos: _Ela é muito inteligente, tem muito potencial... Basta querer estudar."

"Nós tínhamos condições de arcar com o ônus de uma escola particular, tanto no ensino médio, quanto no superior. No entanto, era necessário que ela provasse, para si mesma, que era capaz".

E a Valéria chegou lá. Bastaram cinco meses de estudo, só no cursinho, porque em casa, ela  pegava na caneta apenas para fazer as redações obrigatórias a cada semana. Herdou a inteligência da mãe (modestamente) e a perspicácia do pai. Determinou seu tempo, sua hora, seu momento de vitória. É naturalmente independente; não aceita imposições. Dá um trabalhão! E dá muito orgulho também, porque sei que consegue caminhar sozinha, apesar do medo que ainda sente. E como não aceita pouco da vida, resolveu passar em dois vestibulares de universidades públicas ao mesmo tempo: Uma Estadual, outra Federal.  Inverteu as posições: Ao invés de ser escolhida, teve o mérito da escolha.

Num episódio como esse, percebo como a vida me ensina! Eu que sou muito ansiosa, comumente faço escolhas apressadas, tomo atitudes incorretas, por não esperar que meu leque de possibilidades se abra. Quando ajo assim, muitas vezes preciso refazer itinerários, o que acaba consumindo meu tempo, deixando-me frustrada, mesmo sabendo que é preciso trilhar caminhos pedregosos, para depois perceber a suavidade de uma estrada bem pavimentada.

Mas não quero gastar tempo com filosofias a meu respeito, ou falar de mim. Hoje a Val é o centro das atenções, é a pessoa mais importante. É minha filha, que ainda ontem eu levava pela mão para o primeiro dia de aula no Jardim de Infância e que amanhã, dia 08, irá sozinha, dirigindo seu carro, rumo ao primeiro dia de aula na faculdade. Desta forma também, é responsável pelo direcionamento da sua vida. Terá sempre minha mão quando for necessário guiá-la. Porém,  em todos os momentos, vou  agir como sempre fiz: Quero caminhar à seu lado, no mesmo tempo, no mesmo passo, respeitando sua velocidade. Assim sendo, toda vitória consquistada será mérito dela e não meu. Contento-me em ser mera co-participante. Contento-me em estar na primeira fila, aplaudindo cada troféu recebido. Isso não é o máximo para qualquer mãe?

"A vida pode florescer numa existência inteira.
Mas tem que ser buscada, tem que ser conquistada" ( Lia Luft em Perdas & Ganhos)