domingo, 15 de novembro de 2009

SEM FALA... MAS NEM TANTO!



Sinto muito mas não vou medir palavras
Não se assuste com  as verdades que eu disser..."

Estou puta da vida!
São tantas as palavras flutuantes no cérebro, que chegam a congestionar a verbalização. É um daqueles momentos em que sinto, de verdade, melhor manter a boca fechada porque corro o risco de dizer coisas que podem magoar... Sinto, mas não obedeço.

-Cacete, porque insisto em repetir erros na vida afetiva?
-Qual a finalidade de embarcar em relacionamentos em que o outro não tem a mesma sensibilidade, respeito e confiabilidade? (ou seja, "não quer nada com nada"!)
-Estarei "descerebrada"? (pouco provável, pois penso aceleradamente!), levando em conta que pareço esquecer as promessas feitas a cada vez que quebro a cara?
-E por que não atendi à minha intuição que dizia: "É barca furada"! "Não entra nessa"! "Filhinha, preste atenção no que quer da vida"!
-Maldita intuição! Meleca de intuição que sempre acerta!

Ufaaaa! Falar faz bem sabia? É como se eu vomitasse aquele bolo que insiste em causar náuseas provocando um profundo mal estar. À medida que vou "desfiando o rosário de mágoas" (vixe, esta é antiga!), meu interior vai se acalmando e vou encontrando meu eixo novamente.
Mas por outro lado, não quero falar muito. Não quero concluir, não quero finalizar. Sei que amanhã tudo pode mudar! Não quero mais fazer promessas que não venha cumprir, usando de filosofia barata extraída de algum artigo de revista feminina. A minha filosofia é que deve prevalecer. E  hoje só tenho uma definição para a realidade afetiva vivida: ME-LE-CA!!!



E como estou para pouca conversa, deixo que Erasmo Carlos fale por mim, através da letra genial que  escreveu e que Simone interpreta, como sempre, lindamente.

"...Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece o coração de uma mulher..."

"Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz, não quero migalhas do seu amor..."
"Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória e do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afeto esse alguém não entende nada..."

"Não foi esse o mundo que você me prometeu
Que mundo mais sem graça, mais confuso do que o meu
Não adianta nem tentar maquiar antigas falhas
Se tudo que você tem pra me aferecer são migalhas..."

2 comentários:

  1. "Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás de passar para atravessar o rio da vida. Ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem número, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio, mas isso te custaria a tua própria pessoa: tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Aonde leva? Não perguntes, segue-o!" (Friedrich Nietzsche).

    Mário

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  2. Caríssimo Mário:
    "Bebi" todoas as palabras como a querer assimilar tão sábia lição. Só podia partir mesmo de tí!
    Obrigada pelo carinho.
    Abraços,

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