quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ESPREITA


Da estação aflição, fez-se a terra seca que,
 embriagada pelas gotas da chuva,  
ainda parca, 
da aridez pressente o fim. 
Nela, as sementes anseiam  brotar.
Assim é meu coração espreitando a vida,  
de forma impetuosa por estar juvenil;  
esbanjando sagacidade por ter se permitido errar.
Trovões, raios, rajadas de vento? 
Medo não inspiram. 
Já transbordou em tantos temporais! 
Da sua fortaleza brotou a pedra dura,  
a planície segura,  
a mulher madura,  
que vislumbra a estação serenidade, 
morosa, porém,  certeira,
  no horizonte a despontar.

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