Existe algo de novo no ar. Com ele, as cores da primavera, o aroma das flores, cheiro de terra molhada. Há no coração, o desejo de colorir a vida com várias matizes e colocar quadros novos nas paredes recém-pintadas. As janelas da vida estão se abrindo e a claridade invade a alma que habitava um quarto fechado a espera de luz.
É tempo de limpar gavetas, espanar poeira, deixar que espaços vazios sejam ocupados pelo novo. É momento de substituir fotos dos portarretratos, varrendo da memória imagens gastas pelos anos. Não há tempo para lamentar o que passou; sobra tempo para celebrar o que se apresenta pedindo licença para tomar posse.
O jardim da vida começa a desabrochar tal qual minirrosas de variadas cores. Os caminhos antes estreitas agora são estradas de mão-dupla que permitem transitar sem pressa e atropelos. É ocasião para desfrutar plenamente da companhia de caminhada, apurando os ouvidos, sentindo a música que ecoa alegremente no ar.
Os sentidos aguçados percebem que a felicidade acena insistente, querendo se instalar. É preciso agarrá-la e tentar retê-la o máximo de tempo possível, tendo consciência da sua finitude, extraindo dela toda alegria que puder. A felicidade vivida num segundo, irá ocasionar lembranças inesquecíveis para a eternidade.
as janelas precisam ser abertas e o olhar lançado ao longe para poder ver a paisagem ou o (in)color do cotidiano...
ResponderExcluiradailton
Um gesto
ResponderExcluirdiz todo
o resto
Tens a chave
ou tranca
ou abre
Tens meios
É…meios