quarta-feira, 6 de julho de 2011

OCASO





Olhar vazio, amarga espera
Perda de tempo, tardia hora
Tua ausência  a alegria devora
 E o teu amor? Ah, quem me dera!
 
Correm minutos, solidão é fera
Nada mais há, senão demora
A esperança ficou no outrora
E o teu amor? Apenas quimera!

No relógio sem pressa
No arrastar do ponteiro
O pensamento proclama

O ato da meia-promessa
À um coração tão inteiro
Do meu amor,  apaga a chama.

Um comentário:

  1. as vezes paramos para pensar no tal amanhã, desvelando os medos do hoje, este soneto é a sede de ser e ter coisas que escapam ao corriqueiro. Queremos incessantemente descobrir o objeto de nossa busca e o desejo de viver intensamente com a delicia da primeira vez e com a loucura da ultima vez... viver intensamente algo bom e sentir e ser sentido, com todos os sentidos do corpo reais, abstratos, utopicos ou não, o devaneio é necessario, o sonho é uma indicação de caminho, se vamos caminhar ou não, chegar é outra história, mas o bom é querer sempre.
    parabéns pelo texto.
    Adailton

    ResponderExcluir