segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

SURREAL


A saudade vem na tarde quente de primavera com aspecto de verão
  Impulsionada pelo desejo, abro o baú de emoções contidas
Vasculho as lembranças e o trago de volta num véu de esperança
Agarro-me às sensações do ontem, e, sem pudor, busco suas mãos
No limiar entre alegria e dor, te toco, te sinto, te beijo
Num contato irreal, sua respiração aquece meu rosto
De olhos abertos, permito que seu corpo possua o meu...
Debato-me entre um despertar necessário e a delícia do sonho
Arrisco-me  permanecer na ilusão do mágico reencontro 
E após navegar nas emoções do amor naufragado no tempo
 Como um barco, atraco-me, serenamente, no cais.

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